quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Forbidden - Omega Wave (2010)



Após um hiato de treze anos, o Forbidden lança mais um álbum. Contando com Russ Anderson (vocal), Craig Locicero (guitarra), Matt Camacho (baixo) e os “novatos” Mark Hernandez (bateria) e Steve Smyth (guitarra, ex- Testament e Nevermore), o Forbidden despeja um álbum moderno com um pé nos anos 80, contando com boas atuações de cada um dos músicos.
O álbum abre com a instrumental Alpha Century. Muito bem estruturada e com um senso melódico a flor da pele, entretanto essa faixa acaba sendo um pouco longa para um instrumental desse tipo, o que já caracteriza uma das coisas presentes neste álbum: músicas longas sem necessidade.
Forsaken at the Gates abre com um solo extremamente virtuoso e vai para uma porrada total, é provavelmente a mais rápida do álbum e com certeza uma das melhores. Riffs cavalgados na medida, embora nada que salte os olhos, e ótimos solos são a máxima desta música, junto é claro com a maestria de Mark nas baquetas. A voz de Russ, embora muito versátil, não tem personalidade e por horas lembra Chuck Billy (Testament).
Overthrow já demonstra aspectos modernos, o riff inicial lembra bem bandas como Shadows Fall, bem como a mistura de vocais mais agressivos com partes limpas e guturais. Além disso, vale destacar mais uma vez os grandes solos e dobras. Nesta música fica clara a versatilidade de Russ, no entanto não é aquele tipo de voz que te deixa boquiaberto.
Adapt or Die é uma das mais legais do álbum, ótimo inicio, bem pesado e técnico. Sem dúvida o melhor riff do álbum, não chega a saltar os olhos, mas é o ponto máximo da música. Letra bem sacada, solos energéticos e cheios de técnica. Ótima música para circle pits e headbangs.
Swine em minha opinião tem apenas um erro: ser desnecessariamente longa. Muito tempo desperdiçado em passagens que poderiam ser menores, alias esse é um ponto que muitas bandas pecam atualmente, não há um resumo da idéia, o que torna as músicas um tanto enfadonhas. Tudo tem que estar na medida certa, não adianta “encher lingüiça” onde não é preciso, no entanto tem músicas que esperamos que não nunca acabem, o que infelizmente, não é o caso desta. Afora isto, a música em si leva um ritmo mais cadenciado, o que dá uma brecada no álbum, porém aos 3:34 min, a música toma um rumo mais acelerado, dando uma acordada.
Chatter é desnecessária; um monte de vozes que provavelmente estão noticiando alguma coisa, acompanhado por arpejos limpos de guitarra e um feedback de guitarra distorcida ao fundo. Embora ela complemente a música seguinte, achei uma besteira utilizar mais de dois minutos apenas para essa “introdução”. Se fosse você, pularia de faixa.
Dragging My Casket é a mais longa do álbum, e como dito anteriormente, sem necessidade alguma. Seu inicio é bem rápido e o destaque vai mais uma vez a dupla de guitarristas por seus solos virtuoses e ao baterista que se mostra como uma máquina mortífera de ritmos. O demasiado “ohoh ohohohohoh” é um tanto enfadonho, bem como o encaminhamento mais lento que a música segue para Russ cantar. Ao menos nesta faixa os riffs são dignos de alguma nota.
Hopenosis começa com uma ótima batida quase que tribal em conjunto com um riff pulsante de guitarra, desdobrando – se em uma ótima passagem com dobras de guitarra e bateria acelerada. Música bem diversificada, com boas passagens e riffs. Uma das mais legais do álbum.
Immortal Wounds inicia com um tom mais sombrio e cadenciado culminando em um ritmo certeiro para headbangs. Riffs cavalgados e bateria acelerada são o destaque aqui; temos também Russ cantando com uma voz lembrando o Ozzy em sua carreira solo, mostrando mais uma vez a versatilidade do cara. No mais, a música tem diversos atrativos, porém nenhum deles me atraiu.
Behind the Mask tem uma letra bem interessante e uma pegada bem moderna, tanto nos riffs como na leva de bateria, lembrando vagarosamente bandas como Shadows Fall. Neste ponto da resenha já é chover no molhado destacar tanto a dupla de guitarristas como Mark, no entanto, nunca é demais. A música possui diversas partes, o que pode confundir um pouco o ouvinte; é mais um exemplo de que este álbum precisa ser “degustado” aos poucos.
Inhuman Race cai naquele mesmo ponto: desnecessariamente longa, o que torna enfadonha sua audição. Sua introdução é bem trabalhada e converge diferentes momentos. A base que segue a voz tem ritmo cadenciado, ajudando no processo de deixar a música enfadonha. Certamente não está entre as melhores do CD, embora tenha uma letra bem sacada e com tema bem interessante.
Omega Wave finaliza esse trabalho tão esperado pelos fãs. Como de praxe, outra música de introdução bem trabalhada e cadenciada que culmina numa “porrada” sonora. Com certeza essa faixa fará muitos bangers felizes, já é possível visualizar moshes e circles pits com essa faixa.
Embora não tenha sido um dos álbuns mais legais deste ano, certamente tem sua importância por colocar o Forbidden no mapa de novo após treze anos. Devo dizer que esperava algo mais conciso e visceral, não tão longo e complexo, no entanto há boas passagens em todas as músicas. Um álbum para se curtir aos poucos, se não pode virar um inferno de se ouvir.

Tracklist:
1. Alpha Century
2. Forsaken At The Gates
3. Overthrow
4. Adapt Or Die
5. Swine
6. Chatter
7. Dragging My Casket
8. Hopenosis
9. Immortal Wounds
10. Behind The Mask
11. Inhuman Race
12. Omega Wave



Gostaria de desejar a todos um feliz ano novo e agradecer pelo apoio e as visualizações deste blog.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Sodom - In War And Pieces(2010)



Os alemães lançaram neste final de ano seu mais novo álbum “In War And Pieces”, o décimo terceiro da carreira do grupo e o último com o baterista Konrad "Bobby" Schottkowski, que estava na banda desde 1997. Atualmente o Sodom conta com o veterano Tom Angelripper(baixo, vocal), Bernemann(guitarra) e o novo Markus Freiwald nas baquetas. Com este álbum o som do Sodom se mostra muito mais trabalhado e técnico, com sonoridade totalmente inclinada no Thrash Metal, deixando aquele Death Metal de outrora (que já era na verdade visto nos últimos lançamentos da banda).
In War and Pieces inicia com a faixa título. Introdução de violão, não comum ao estilo ríspido da banda, levando o ouvinte a se indagar se é o álbum certo. Após esse momento, a música entra com tudo, ótimos riffs e Tom cantando num timbre semelhante ao de Marcelo Pompeu (Korzus), bem agressivo. Ótimo refrão também, para cantar junto. Enfim, o estilo que o Sodom vem adotando é explicito nesta faixa, uma das melhores do álbum.
Hellfire é na minha opinião a grande faixa do álbum, bem old school, com riffs que lembram clássicos como Baptism Of Fire. Prepare-se para bangear e cantar a plenos pulmões “Helfire!”. Ótimo solo de Bernemann, simples, porém com poder suficiente para suprir a função.
Through Toxic Veins tem um bonito inicio que logo desaba num verdadeiro massacre sonoro dos alemães. Tá certo que a música não é tão rápida, mas com certeza dá um grande contraste com seu inicio. Tom nessa altura já usa de sua voz mais tradicional e é possível notar que a gritaria já prejudica um tanto sua voz, nada que comprometa no álbum, além do mais é algo que todos os vocalistas de metal tem que lidar. Outra grande faixa do álbum, excelente refrão, simples e eficaz como sempre!
Nothing Counts More Than Blood é um tanto parecido com a última faixa, pelo menos seu riff inicial e estrutura geral, visto que esta é mais acelerada. No mais, a música possue boas partes e com certeza irá abrir diversas rodas nos shows. Ela não apresenta nada de diferente para os padrões da banda, a não ser um pouco mais de melodia em algumas partes, ainda sim é uma ótima música.
Storm Raging Up possue ótimo inicio, bem trabalhado e com ótimos riffs para fazer os cabelos voarem. É interessante como nessa faixa a voz de Tom desprende muita raiva e faz você gritar a música junto com ele. Lá para a metade vem um solo excelente de Bernemann, cheio de melodia e velocidade e o riff que o segue é com certeza um dos mais legais do álbum. Excelente trabalho de guitarra.
Feigned Death Throes já começa na pura pancadaria mas quase que do nada, toma um rumo mais lento e arrastado, a voz de Tom não parece estar de acordo com o propósito da música, que em minha opinião é um dos pontos fracos do álbum, embora sirva para dar uma aliviada depois de tanto headbang e saltos com as outras músicas. Destaque vem para o riff quase no final da música que tem um certo groove a lá Pantera.
Soul Contraband tem um jeito mais despojado e lembra bem a banda nos tempos antigos; Tom lança de guturais e gritos sombrios, além de riffs cavalgados e momentos de bateria bem acelerada parecendo blast beats. Muito boa música com letra bem sacada, mantendo em alto nível o álbum.
God Bless You inicia com lindos arpejos de violão, estranho dizer isso num álbum do Sodom não?Enfim, o inicio da música é muito bem trabalhado, melodioso e com violão juntamente com guitarras distorcidas, lembrando por exemplo o Metallica antigo, só que paramos por ai. Após todo aquele inicio melodioso o que é possivel conferir é uma música muito bem montada com Tom cantando muito bem, acompanhado de um ótimo arranjo de riffs da guitarra. Só achei o refrão meio esquisito. Vale a pena conferir, apreciar o ótimo solo da música e tirar suas conclusões.
The Art of Killing Poetry é na minha opinião o segundo ponto fraco do disco, letra um tanto estranha com um refrão mais ainda. A música começa com um tom acelerado mas depois da uma caida no andamento que certamente não é o que se espera num trabalho do Sodom, tá certo que partes com violões também não, mas essa música simplesmente não me agradou.
Knarrenheinz é bem inusitada, bem rápida e super old school, bem no clima Sodom mesmo. O Grande detalhe aqui é que a música é inteiramente em alemão e certamente é um chamativo para muitos. No mais, a música é ótima e está muito bem posicionada no álbum, serve para altos headbangs, só não acho que a banda pode esperar que os fãs (os que não são alemães é claro) cantem essa música, pelo menos o refrão dá pra cantar!
Styptic Parasite é a ultima e mais longa do álbum. Com andamento moderado e bons riffs, além de uma letra bem legal de cantar, essa música encerra muito bem o álbum, não é nenhum destaque, mas não é de se jogar fora. Mais uma vez Tom utiliza bem sua voz e as melodias de Bernemann vem bem a calhar na música, bem como seu ótimo solo.
In War And Pieces é um CD para mostrar que esses alemães tem muita lenha para queimar e mesmo com uma certa mudança de som, eles tentam ir na nova tendência como muitas bandas, sem perder sua autenticidade e brutalidade. Certamente mais um grande lançamento do Thrash Metal neste ano e merece estar na coleção de apreciadores do estilo e da banda.

Tracklist:
01. In War And Pieces
02. Hellfire
03. Through Toxic Veins
04. Nothing Counts More Than Blood
05. Storm Raging Up
06. Feigned Death Throes
07. Soul Contraband
08. God Bless You
09.
The Art Of Killing Poetry




Vale lembrar que este álbum tem uma versão limitada que contém um CD bônus com o show do Wacken 2007 com o seguinte tracklist, que é mais uma razão para correr e comprar este álbum.
  1. Blood On Your Lips
  2. City Of God
  3. Proselytism Real
  4. Christ Passion
  5. One Step Over The Line
  6. Abuse
  7. Sodomy And Lust
  8. Ausgebombt
  9. The Saw Is The Law
  10. Outbreak Of Evil

Novo clipe do Dimmu Borgir


Os noruegueses do Dimmu Borgir lançaram o clipe da música "Dimmu Borgir" do mais novo trabalho "Abrahadabra", que já vendeu 9.400 cópias nos Estados Unidos na sua primeira semana de lançamento.
O clipe mantém o clima e coloração do último clipe, "Gateways"; confiram:


domingo, 19 de dezembro de 2010

Korzus em busca das cem mil visualizações no Youtube


É crianças, o Korzus está em busca de cem mil no seu clipe "Truth" do excelente "Discliple Of Hate" de 2010. Vamos dar uma força aos caras!




Fiquem atentos que até o final do ano temos mais resenhas e algumas novidades.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Helloween - 7 Sinners (2010)




Após o comemorativo Unarmed, que, me perdoem os fãs, foi uma bosta, eis que a banda aposta num som mais pesado dos primordios com o novo álbum Seven Sinners (ou 7 Sinners), que vem de vez para calar a boca daqueles que já não esperavam mais nada da banda. Peso, melodia e ótimos refrões, tudo fazendo parte deste ótimo CD.
Hoje a banda está com sua formação estável com: Andi Deris(vocal), Michael Weikath e Sascha Gerstner(guitarras), Markus Grosskopf(baixo) e Dani Loeble(bateria). Interessante reparar que com exceção de Dani, todos assinam faixas no álbum, seja letra ou parte instrumental.
Where The Sinners Go começa com uma batida tribal e um ótimo riff, pesado e bem cadenciado, fazendo todos bangearem. Andi Denis demonstra todo o poder de sua voz com a ótima interpretação vocal nessa faixa. Detalhe no ótimo refrão e na releitura da música Sinner (Judas Priest) lá pros 2 minutos de música. Solos poderosos e marcantes, cheios de técnica e melodia. Uma das melhores do álbum!
Are You Metal demonstra o que a banda quer com esse CD: Metal! Após uma introdução de teclado, a fúria começa com o ótimo riff que é seguido com o teclado. Mais uma vez ótimas passagens para cantar a plenos pulmões. Esta música tem tudo para se tornar um novo clássico da banda. Repare aos 2:08 min, como a música da uma acelerada brutal, seguido de uma belíssima dobra de guitarras e ótimo solo de Sascha.
Who Is Mr. Madman? também começa com teclados e Biff Byford (Saxon) fazendo um prólogo antes da pancadaria começar, Dani se mostra como um tremendo baterista, dando aula em todas as faixas, outro detalhe é a ótima produção do álbum, guitarras cortantes mas bem definidas e baixo dando todo o peso e bem presente. Ótimo refrão, típico da banda, puro metal melódico. Trabalho de guitarra bárbaro, solos, riffs e dobras demonstrando bom gosto e muita técnica.
Raise The Noise tem uma pegada bem hard rock que também é bem típica dos trabalhos mais antigos da banda. Embora seja uma boa música, não faz frente às três primeiras, a voz de Andi fica um pouco enjoativa nessa faixa, provavelmente por ser extremamente aguda. Afora isto, outro exemplo de refrões ótimos que a banda faz. Destaque ao solo de flauta ou algo do tipo, bem diferente para os moldes da banda.
World Of Fantasy começa como se viesse do espaço direto aos seus ouvidos. Música bem típica do Power metal praticado pela banda, ótimos riffs, letra bem sacada, só a voz que achei um pouco enjoativa, principalmente por ser cantada com backing vocal na maior parte da música. Outro exemplo de refrão cativante e “grudento”.
Essa faixa me impressionou por diversos motivos, Long Live The King é para mim uma clara homenagem ao mestre Dio, leia a letra e tire suas conclusões. Ótimo refrão que faz alusão a Breaking The Law (Judas Priest). Na verdade parece que essa música é uma grande homenagem a diversos ícones do metal, inclusive na voz de Andi que lembra bem a voz de Kai Hansen (Gamma Ray, Ex- Helloween). Enfim, outra música muito bem feita, engrandecendo ainda mais esse trabalho.
Temos uma “pausa” com a belíssima The Smile Of The Sun, a voz de Andi pode parecer forcada, mas dá o toque especial a música. Ótima letra e refrão matador; todo o trabalho de guitarra é também surpreendente, melódico e rico. Delicie – se com essa canção matadora.
Se fosse resumir You Stupid Mankind em uma palavra seria “moderno”. Vários elementos novos estão presentes nessa música, desde breakdowns de guitarra até sons sintetizados. Eu achei a música excelente, mostra que a banda não fica presa ao passado e usa com maestria as coisas mais novas. Ótima letra e refrão ultra grudento, não sai da cabeça! O trabalho das guitarras é outro destaque, dobras e solos técnicos e melódicos, mas que dupla de guitarristas!

A acelerada If a Mountain Could Talk possui provavelmente o refrão mais grudento do álbum, fica por dias ecoando na sua cabeça e é com certeza o ponto alto da música. O trabalho de Dani é excelente nessa faixa e é claro, riffs poderosos e Andi cantando muito. Senti que a música da uma perdida após os solos virtuosos, o que a deixa cansativa. Detalhe para o belíssimo solo que aparece lá pro final da música.
The Sage, the Fool, the Sinner começa com um riff muito bem trabalhado só que a música prega uma peça no ouvinte e vai para uma direção mais melódica. Não achei nada de extraordinário nessa faixa, a exceção do refrão e do riff inicial; é possível perceber alguns toques modernos a canção.
My Sacrifice tem um inicio épico, mas logo desce a pancadaria, outra grande faixa do álbum, refrão épico e cativante. Destaque mais uma vez para Dani que demonstra um punch brutal, principalmente quando começa a tocar no contratempo da música, algo difícil e da um toque especial e um tanto caótico. Achei a voz de Andi muito aguda e forçada, deveria ter dosado mais em certas horas.
A sombria Not Yet Today possui pouco menos de 1 minuto, apenas Andi cantando (ou declamando) algo que seria a despedida de um amigo para alguém que está para morrer. Servindo apenas como introdução para Far in the Future, não menos sombria. Riffs arrastados, batucadas de Dani, isso até Andi começar a cantar, ai a música perde todo o clima e vira, digamos “comum”. Bela música, um tanto frustrante, porém merece o tempo “gasto” para escutá-la
 A faixa bônus da “edição de luxo” I'm Free começa um tanto esquisita e se desdobra numa das músicas mais legais do CD, pesada e rápida, com um ótimo refrão e desempenho espetacular de Andi. Se tiver a chance, compre com essa faixa que é matadora. No mais a música se assemelha bastante com as músicas do inicio do álbum.
O Helloween conseguiu suprir as expectativas dos fãs por um álbum mais Metal, isso é incontestável. A utilização de elementos mais modernos (le- se ai também os timbres) faz deste álbum um dos mais legais da carreira da banda nos últimos tempos. È possível distinguir duas partes no álbum: num momento músicas mais diretas e em outro, músicas complexas, longas e um tanto iguais entre si; o que não tira a grandiosidade desse trabalho. 





Track List:
·                                 01. Where The Sinners Go
·                                 02. Are You Metal?
·                                 03. Who is Mr. Madman?
·                                 04. Raise The Noise
·                                 05. World Of Fantasy
·                                 06. Long Live The King
·                                 07. The Smile Of The Sun
·                                 08. You Stupid Mankind
·                                 09. If A Mountain Could Talk
·                                 10. The Sage, The Fool, The Sinner
·                                 11. My Sacrifice
·                                 12. Not Yet Today
·                                 13. Far In The Future
                        14. I’m Free (Exclusive Bonus Track) 


É possível ouvir o álbum no myspace da banda : Helloween

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Soulspell - The Labyrinth Of Truths(2010)

Por Danilo


  A megabanda Soulspell, produzida e idealizada por Heleno Vale, lança seu mais recente trabalho de estúdio: The Labyrinth Of Truths (2010). Àqueles que não conhecem essa verdadeira orquestra do Power Metal, eis aqui uma pequena lista de integrantes (os mais conhecidos para instigá-los): Nando Fernandes (ex-Hangar), Edu Falaschi (Angra), Carlos Zana (ex-Outworld e ex-Vougan), Rodolfo Pagoto. O grupo conta agora também com grandes nomes internacionais, como Jon Oliva e Zak Stevens (ambos ex-Savatage), Alex Voorhees (Imago Mortis) e Roland Grapow (ex-Helloween). Heleno Vale também participa de seu projeto como baterista. Para uma lista completa da banda, verifique o site oficial da banda para melhor entendimento do review (www.soulspell.com). O mais interessante está na representação de cada personagem por um vocalista e na interligação de todas as histórias (inclusive as contidas no álbum anterior, “A Legacy Of Honor”) narradas faixa a faixa. Há o uso de personagens consagrados em diversas épocas da história (desde a mitologia grega e egípcia até ícones da cultura da Idade Média e alegorias típicas da literatura vicentina)

  O álbum começa com uma faixa bem sugestiva: “The Entrance”, um pequeno prelúdio de abertura, que conta com teclados, guitarra, bateria e baixo. Inclusive um trecho do tema se repete na faixa seguinte o tema é excepcional e não dispensa um pouco do virtuosismo de Rodolfo Pagoto. Logo após o tema, a faixa-título começa brevemente mórbida. Em pouco tempo, o instrumental fica ao fundo, mas ainda com definição, e os vocalistas começam a dar vida as suas respectivas personagens. A faixa é muito bem trabalhada, com acréscimo de partes de violão de náilon e solos exuberantes de guitarra por Rodolfo Pagoto. Todo o instrumental foi devidamente dosado, sem haver exageros.
Na sequência, “Dark Prince’s Dawn”, que abre com um solo eletrizante de Demian Tiguez. Depois do solo, inicia-se a cantoria. As diversas texturas vocais têm grande efeito no feeling da música. A música mantém-se agressiva, porém apresenta mais partes tranqüilas que a faixa anterior. Nesta música fica mais fácil de entender o porquê de categorizar a Soulspell como um Metal Opera. É perceptível em alguns trechos as muitas vozes simultâneas cantando diferentes letras.
  Em seguida, “Amon’s Fountain” vem para acalmar os ânimos. Inicia apenas com teclados e com a serenidade de Leandro Caçoilo. Logo após esse trecho inicial, a banda toda entra em um tema super alegre e em ritmo mais acelerado. Há algumas alterações de clima, mas é predominantemente alegre. Belíssimos solos executados pelo ilustre Roland Grapow completam a obra.
“Into The Arc Of Time (Hamiah’s Fall)” inicia com pura melancolia com a voz de Maurício Del Bianco acompanhada pelo piano executado por ele mesmo, que inclusive participou da composição da faixa junto a Heleno Vale. Depois do vocal, entra um pequeno trecho melódico de guitarra executado por Rodolfo Pagoto e toda a tristeza é expressa por toda a banda. Os ex-Savatage marcam presença em seus papéis alegóricos de Consciência (Zak Stevens) e Insanidade (Jon Oliva). A parte de maior tensão está no pequeno monólogo do insano Jon Oliva, onde são sobrepostos partes cantadas pelo próprio.
  “Adrifit” vem para quebrar um pouco do clima depressivo. Nesta faixa, Daisa Munhoz faz a introdução dos vocais após um pequeno trecho de apresentação da música. Lucas Martins é o único a acompanhar Daisa. Também pudera: a música trata do romance entre os personagens por eles interpretados. A música tem uma sonoridade mais pop. Pagoto faz um solo com uma pegada bem original.
  “The Verve” começa novamente com Daisa Munhoz acompanhada de Gabriel Magioni ao piano. Após a parte cantada de Rafael Gubert, toda a banda entra em um tema que mistura tensão e um pouco de alegria. Em pouco tempo a tensão acaba predominando. Essa é a única faixa em que não há solos. Tem uma parte instrumental, com dobra de guitarra e teclado, mas não um solo propriamente dito.
  “Forest Of Incantus” surge subitamente com um clima de tensão, com um quê de música renascentista. Dan Rubin é o primeiro a mostrar sua voz furiosa, que em seguida é acompanhada de Daisa no refrão. Cleiton Carvalho faz apenas uma passagem melódica em seu primeiro solo, sem muitas firulas. A música não apresenta grandes reviravoltas, mantendo o clima por toda a faixa. O segundo solo de Cleiton é quase tão discreto quanto o primeiro, só que mais extenso e mais trabalhado, mas ainda dando preferência a uma sonoridade mais melódica e menos veloz.
  Por último, “A Secret Compartment”. A faixa começa com um riff fantástico, de pegada mais Hard Rock. Tito Falaschi começa a cantoria depois do instrumental. Os refrãos ficam por conta de nada mais, nada menos, que o frontman do Angra Edu Falaschi. Não é uma aparição tão grande quanto às de Jon Oliva e Zak Stevens, por exemplo, mas foi suficiente para que ele mostrasse um ótimo desempenho. A parte do refrão cantada por Manuela Saggioro me pareceu um pouco enjoativo, mas sou suspeito para tal afirmação (afinal, ouvi a música muitas vezes e o refrão é cantado muitas vezes). Há um trecho em que muitas vozes são sobrepostas e fica impossível acompanhar tudo. Durante esse trecho tão cheio de vozes, Pagoto arrasa nos solos e sobra até para Gabriel Magioni o momento de fritação. A faixa encerra em um fade out.
The Labyrinth Of Truths é de fato um Metal Opera. Com ampla variedade de climas, com instrumentos muito bem colocados (é possível notar a presença de todos os instrumentos), com raros momentos em que o ouvinte tem dificuldade de entender o que está acontecendo. Todos os músicos exprimem sua marca registrada e até aqueles que nunca ouviram o trabalho de algum dos músicos poderiam facilmente identificá-lo. Pagoto foi o guitarrista que mais se destacou, já que é ele quem mais participou das músicas. Heleno não poupou investimentos e produziu um ótimo álbum. The Labyrinth Of Truths é muito mais agressivo que seu antecedente A Legacy Of Honor (2008 – Hellion Records) e é prova de que a Soulspell Metal Opera está ganhando reconhecimento, alcançando artistas de renome mundial e divulgando nossas estrelas.
Seguem o link da lista de músicos faixa a faixa e o áudio de “The Labyrinth Of Truths”, “Dark Prince’s Dawn” e “Into The Arc Of Time (Hamiah’s Fall)”.
 http://whiplash.net/materias/news_861/112392-soulspell.html

Track List:

  1. The Entrance
  2. The Labyrinth of Truths
  3. Dark Prince’s Dawn
  4. Amon’s Fountain
  5. Into the Arc of Time (Haamiah’s Fall)
  6. Adrift
  7. The Verve
  8. Forest of Incantus
  9. A Secret Compartment


sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Dimmu Borgir - Abrahadabra(2010)


Dúvidas pairavam no ar após a banda anunciar o single do álbum, muitos acharam que o som estava indo para um lado mais sinfônico. Somado a isso, temos o fato de metade da banda ter saído, causando certo temor aos fãs. Contando somente com Shagrath (vocal, teclados), Galder (guitarra) e Silenoz (guitarra), e músicos contratados Snowy Shaw (baixo, vocais limpos) e Daray(bateria), fora a série de músicos convidados. Embora não seja apreciador do estilo da banda, esta parecer ter acertado a mão. Vejamos:
O álbum inicia com a instrumental Xibir, muito orquestrada e sombria, mostrando ao ouvinte que já pode se esperar de todo o álbum: músicas orquestradas, épicas e sombrias.
Born Treacherous vem logo em seguida, provavelmente a música mais extrema do álbum, conta com baixo na cara e Shagrath utilizando de diversos recursos em sua voz, desde guturais graves até o seu típico vocal gutural rasgado.As guitarras são bem black metal e a bateria frenética, há até passagens para o puro bang! É possível notar que mesmo nessa música, o nível de orquestrações é muito grande e praticamente não cessa! Enfim, a melhor música do álbum em minha opinião.
Gateways foi o single do álbum, não acho ser a mais forte do disco, mas com certeza resume bem o que está nele.A música segue com Shagrath mandando ver nos vocais e a guitarra quase desaparece.Destaque para a linha de bateria, não fazendo feio frente aos trabalhos anteriores.Nesta música há a participação da vocalista Agnete Kjølsrud, seu vocal dá um contraste bem legal a música mas é um tanto esquisito.
Chess With The Abyss apresenta passagens com mais guitarras, sem tantas orquestrações; refrão legal seguido por um solo um tanto simples mas que faz sentido na música.Digamos que seja uma música mais “secundar” do álbum. Dimmu Borgir entra com corais e uma pegada bem épica, devo dizer que ela da uma quebrada no clima, achei meio “feliz” e um tanto forçada; os efeitos na voz de Shagrath soam artificiais.No meio da música vem uma parte instrumental liderado pela guitarra de muito bom gosto, seguido por cantos gregorianos e Shagrath cantando a lá Nergal.Outro ponto ao baterista Daray, veja no final da música a velocidade que o bumbo chega!
O sombrio volta com a faixa Ritualist, iniciada no violão(algo bem diferente para o Dimmu Borgir) e indo para algo bem tradicional do black metal, blast beats comendo solto! Shagrath canta com sua voz caracteristica e a própria pegada da música remete aos bons tempos da banda. Vale a pena conferir essa faixa.
The Demiurge Molecule tem um começo bem feito, aqui o vocal Shagrath é definitivamente o mesmo que o do Nergal, é impressionante a semelhança, entretanto Shagrath consegue manipular sua voz muito bem, seguindo varias linhas diferentes de vocal na música. A orquestração “invade” a música um pouco antes da metade, deixando a música um tanto cansativa. Nessa faixa já é possível sentir a falta de Vortex (baixo,vocal limpo) em suas partes contrastando bem com a voz de Shagrath.
A Jewel Traced Through Coal tem um inicio bem atmosférico e sombrio, quase um filme de terror.Outra música altamente orquestrada, mas aqui é possível sentir toda a fúria e peso da banda, ouça os blast beats comendo solto mais uma vez, aliado a riffs cortantes e rápidos de guitarra e a voz de Shagrath extremamente obscura. Ótima música para bang, principalmente na metade, quando a música da uma cadenciada perfeita para esse tipo de prática. Destaque mais uma vez a brilhante performance de bateria.
A veloz Renewal abre com os instrumentos já na cara, numa pancadaria só, e então entra um tema de guitarra beirando o power metal, ótimo começo. Quando Shagrath entra a música toma uma direção de contratempos muito interessante, baixo bem na cara. Brutalidade relembrando os velhos tempos da banda, grande destaque! Bata cabeça com força quando a música chegar aos 2:23 min. Aqui damos falta de Vortex mais uma vez, achei a voz “limpa” bem forçada e um tanto nada a ver com a música.
Endings And Continuations é mais uma das bem sombrias do álbum, chagando a ser um pouco chato no começo, enquanto o clima vai sendo exposto. No mais, a música segue a linha do álbum, com muitos efeitos orquestrados e épicos, guitarra ficando um pouco a fundo e Daray detonando sem dó na bateria. É nessa faixa que temos a presença de Kristoffer Rygg (ou Garm) no vocal, tornando a música bem interessante, ainda que perca toda a atmosfera que tinha no começo.
Como bônus temos Gateways (Orchestral) que em minha opinião é um saco, se não gosta dessas coisas instrumentais, pule para o cover da música Perfect Strangers do Deep Purple e se divirta com esse bem sacado cover da banda, vale pela homenagem.
Por fim, posso dizer que não se trata de um álbum ruim, basta uma dose cavalar de paciência para entender o som(ainda mais pra quem não aprecia muito a banda como eu), mas acho que vale o esforço. Algo diferente e bem feito para os fãs!


Track List:
01. Xibir
02. Born Treacherous
03. Gateways
04. Chess With The Abyss
05. Dimmu Borgir
06. Ritualist
07. The Demiurge Molecule
08. A Jewel Traced Through Coal
09. Renewal
10. Endings And Continuations
11. Gateways (Orchestral) (Bonus Track)
12. Perfect Strangers (Deep Purple cover) (Bonus Track)

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

At The Gates anuncia reunião em 2011!

É isso ai crianças, o At The Gates anunciou mais uma rodada de shows para o ano que vem. A banda ficou desde 1996 parada e voltou para uma série de shows em 2008. Após um breve período, o baterista Adrian Erlandson(Brujeria,Paradise Lost) confirmou o anúncio em seu twitter:
"At the gates will do a limited run of select shows in 2011. Bring it on!!!!"

Resta esperar a passagem dessa lendária banda aqui no Brasil, pioneiros e únicos!


sábado, 4 de dezembro de 2010

Allen-Lande - The Showdown(2010)

Mais um grande projeto toma vida este ano!Dois dos mais renomados vocalistas do metal se juntaram mais uma vez para um álbum muito competente e interessante para os fãs de ambos e do metal melódico em geral. Jorn Lande (Masterplan) e Russell Allen (Symphony X), juntamente com o faz tudo Magnus Karlsson(guitarra,teclados e baixo) e Jaime Salazar(bateria) souberam como aliar peso e melodia em músicas muito cativantes, apesar de um pouco repetitivas.Vamos a elas:
A bombástica The Showdown abre o CD de forma intensa, ótima orquestração no inicio, seguido de um tema muito legal de guitarra e ambos detonando no vocal. Ótimo solo e refrão, simples, porém cativante. Allen canta com a alma nessa música!A melhor música do álbum em minha opinião, não deixe de conferir se curtir o bom e velho(?) metal melódico!
Em seguida vem Judgement Day, que virou o single e videoclipe do álbum, esta só cantada por Jorn. Também com intro orquestrada, ela segue basicamente a mesma linha da primeira, entretanto ela tem um tom menos “alegre” e é mais arrastado, um tipo de “baladinha”. Ótima letra, interpretada grandiosamente pelo David Coverdale, quer dizer, Jorn Lande!
Never Again segue a linha das anteriores com um carão mais de metal melódico. Ambos cantam nela e a combinação não poderia dar errado. Allen conta com uma voz mais flexível e limpa, dando um toque especial a música. Mais um refrão legal para sair cantando e um solo bem virtuosístico, sem perder a melodia.
Turn All Into Gold conta com uma introdução belíssima; um tema muito legal no teclado que é transposto para a guitarra dando o ar da graça nessa música. Nessa aqui contamos apenas com Allen nos vocais. Cante a plenos pulmões o refrão!
Em Bloodlines a voz de Lande lembra MUITO o David Coverdale, e como grande fã do cara, já comecei a torcer o nariz por essa semelhança. Já conheço outros trabalhos de Lande (embora nunca tenha ouvido um álbum sequer do começo ao fim numa tacada só) e o que sempre pega nele é a semelhança com David. No mais, a música segue o padrão melódico do álbum, com um toque de teclados no refrão que empolga bastante.
Seguindo o revezamento, vem Copernicus cantada só por Allen. Outra música melodiosa, lembrando até um pouco o Jorney. É valido salientar que nessa altura você já esqueceu que se trata de um álbum de metal. Embora seja uma boa música, para aqueles que necessitam de peso e velocidade, já podem tirar o CD. O andamento muito similar de cada música torna a audição da sexta faixa certo fardo!O refrão conjunto com um solo de guitarra lá para a metade da música dá um gás a mais, muito bonito esse trecho, seguido por um espetacular solo de guitarra.
We Will Rise Again conta com os dois no vocal e é mais animadinha. Clichê do metal melódico. Devo dizer que gostei muito da música, principalmente pelo clima do refrão e a letra bem sacada. The Guardian possui um riff hard rock de muito bom gosto, outra música com ambos mandando muito no vocal. Refrão potente, digno de muitos pulos e mãos ao ar. Destaque ao virtuosismo mais uma vez apresentado por Magnus.
Maya segue o padrão do álbum, iniciando com teclados e a voz de Allen, desembocando em um som bem melodioso e ao mesmo tempo pesado. Ainda se trata de uma balada, mas com um padrão alto de qualidade. Russell dá show nesse tipo de música.
The Artist inicia com uma bela orquestração e um belo tema de guitarra, após isso vem uma parte com Jorn cantando sozinho, alias nessa música seu vocal tem muito mais personalidade, dando um toque bem diferente a canção. No meio da música há uma mudança de andamento, tornando a audição bem agradável junto com um belo solo.
O ínicio de Eternity lembra o de Never Again, com diferença que apenas Russell aparece cantando. Mais uma faixa bem melódica e deveras cansativa. O riff na metade da música é o ponto alto, primeira parte que da pra ensaiar um headbang. Solo virtuose marca mais uma vez esse guitarrista de mão cheia que é o Magnus.
Finalizando temos a faixa bônus, Alias, que apesar de começar com umas viradas de bateria, tem o mesmo jeitão das outras músicas, tema muito bem bolado de guitarra, os dois cantando e aquele clima meio alegre. É uma das músicas que mais gostei do álbum, vale conferir essa música também. Álbum indicado para apreciadores do estilo e fãs de ambos os vocalistas.

Track List:

  1. The Showdown
  2. Judgement Day
  3. Never Again
  4. Turn All Into Gold
  5. Bloodlines
  6. Copernicus
  7. We Will Rise Again
  8. The Guardian
  9. Maya
  10. The Artist
  11. Eternity
  12. Alias (Bonus track)