sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Suicidal Angels - Dead Again (2010)



Após o aclamado Sanctify The Darkness (2009), o Suicidal Angels lança seu mais novo álbum, intitulado Dead Again. Este segue a linha de seu antecessor, contando com partes mais trabalhadas e algumas mudanças de andamento. É, sem dúvidas, um dos melhores trabalhos desses gregos. Com seu line-up contando com Nick (guitarra, vocal), Panos (guitarra), Angel (baixo) e Orfeas (batera), a banda recebe diversos elogios, sabendo aliar o melhor do bay area com o melhor do thrash alemão. Nas palavras de Mille Petrozza (Kreator), “They Kill”.
Damnation é a intro, conta com guitarras limpas que preparam os ouvidos dos ouvintes para o massacre sonoro que ocorrerá. Reborn In Violence começa em ritmo mais cadenciado, evidenciando o riff de guitarra, até que aos trinta segundo de música a porradaria come solta no melhor estilo destes gregos. As palhetadas nervosas são o grande destaque aqui. A música nos lembra os velhos tempos do Kreator, influencia básica para as bandas do estilo. Na metade da música, a intro do álbum é retomada, deixando a música bem diferente e trabalhada.
Bleeding Holocaust tem um dos riffs mais nervosos deste play, muita habilidade destes músicos. No mais, a voz de Nick fica no misto entre Tom Angelripper (Sodom) e vocais mais guturais; a música em si pode ser um pouco cansativa, mesmo com seus quase 3 minutos, e não difere muito do que já foi feito pela banda.
The Trial é outra das bem trabalhadas do álbum, ótimo riff de cordas soltas para bangear sem dó, haja pescoço! Não estranhe se demorar para que Nick comece a cantar, sem dúvida eles priorizaram os riffs e diversas cadencias que esta música possui em detrimento do conteúdo da música.
Suicide Solution é outra porrada bem dada, riffs cortantes e bateria enlouquecida fazem a festa de qualquer banger. A nota aqui vai para o baixo, ou melhor, a ausência dele; fica realmente difícil notar que há o baixo em muitas passagens de, na verdade, todas as músicas. Nesta música também fica evidente outra influência dos caras, o Tankard, não só pela pegada meio punk, como também na duração da música.
Beggar Of Scorn possui o riff mais diferente do álbum, carrega certa influência do death metal, sem deixar as características da banda. Após este riff, um momento mais cadenciado chega para acalmar os ânimos, carregando um clima sombrio graças à base de Nick e o solo sem frescuras de Panos. Após este trecho prepare-se para bangear neste ritmo contagiante que mostra o lado bay area da banda. Muito bom som, provavelmente a melhor do álbum. Ótimo solo ao final da música, cheio de melodia e tappings, seguido por um riff que parece já ter sido usado em algum de seus álbuns. Alias, este é o ponto que pega nesta banda, o uso de riffs muito parecidos pode ser um fator cansativo.
Victimized segue com o belo trampo nas guitarras e na bateria, mas não foge muito do que a banda já costuma fazer, tornando esta música apenas mais uma neste álbum. Até o refrão segue na mesma linha de outras músicas deles. O ritmo que começa praticamente na metade da música além de ser cativante e diferente, promove um bang insano, neste momento você já estará sem pescoço.
Violent Abuse é extremamente rápida, seguindo (mais uma vez) a linha adotada pela banda. Devo dizer que se não fosse pelo ritmo cadenciado que vem na metade da música, eu já teria pulado. Esse lance de as músicas parecerem muito iguais pode deixar o ouvinte cansado; elas podem funcionar muito bem ao vivo, mas no CD é realmente um martírio em determinadas situações, principalmente se você planeja ouvir o CD inteiro de uma vez. Claro que fãs da banda irão me mandar para o inferno...
The Lies Of Resurrection começa num tom mais carregado, com belo trabalho do Orfeas. Eis aqui um riff que realmente é cativante, talvez por ser relativamente simples. Infelizmente a alegria dura pouco e a porrada chega para atingir seus músculos, seguindo na mesma fórmula adotada pela banda.
Search For Recreation tem um riff meio que na linha do Overkill, riff este que evapora em segundo, dando lugar aos riffs do estilo da banda. Outra faixa que não tem nada de mais, a não ser o seu ritmo enlouquecido para bater cabeça.
Dead Again inicia com um ótimo riff calcado na corda solta e apresenta até um dobra de bom gosto, e mais uma vez dá lugar a porrada usual da banda. Outra música igual a diversas outras desses gregos. Se ainda tiver pescoço, acabe com ele nesta faixa.
Final Dawn é realmente a última do álbum. Se seu pescoço ainda estiver bom, pode se considerar um campeão, visto que no álbum todo, isto é priorizado. Nesta faixa é a única que o baixo aparece, dando ainda mais peso. No mais a música tem o mesmo estilo presente no álbum, destaque a voz de Nick que apresenta partes que lembram Max Cavalera nos tempos do Sepultura.
 Este álbum reflete o bom momento em que a banda está passando, tocando em festivais e abrindo grandes shows, além de ser muito bem falada pela imprensa. Para a banda dar o próximo passo, é necessário que fujam da fórmula pré estabelecida, buscando novos caminhos, pois a impressão que se fica ao ouvir este álbum é que de tão explorado, o som deles já fica “mais do mesmo”, em outras palavras, muito cansativo. Destaque para a capa do álbum, feita por Ed Repka (Megadeth, Death...), dando um aspecto ainda mais old school ao álbum.

Tracklist:
01. Damnation
02. Reborn In Violence
03. Bleeding Holocaust
04. The Trial
05. Suicide Solution
06. Beggar Of Scorn
07. Victimized
08. Violent Abuse
09. The Lies Of Resurrection
10.
Search For Recreation
11. Dead Again
12. Final Dawn




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