quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Stratovarius - Elysium (2011)


Após o criticado Polaris (2009), os finlandeses do Stratovarius lançam Elysium no inicio de 2011. O que demonstra, de certa forma, que o impacto das criticas realmente afetou o grupo e eles tiveram que se mexer para reconquistar os fãs. Contando Timo Kotipelto (vocal), Jens Johansson (teclado), Matias Kupiainen (guitarra), Jörg Michael (bateria) e Lauri Porra (baixo), a formação parece estar estável e entrosada, conseguindo lançar um disco que certamente apagará a má impressão que o seu antecesor deixou.
Devo dizer, antes de mais nada, que não acompanho muito a banda, pois não faz meu tipo de som, conheço apenas algumas músicas mais marcantes do grupo, porém devo dizer que este álbum me deixou realmente impressionado, e já está rodando no meu player a quase uma semana.
Darkest Hours abre o CD com alto estilo, Timo realmente tem uma voz potente e limpa, com alcançe impressionante. Esta música tem um belo refrão, para sair cantando mesmo, além de uma impecável performance de Matias, realmente um virtuose. Vale ressaltar que a guitarra se faz muito presente em todo o álbum, Matias afinou-a no que chamamos de “drop C”, deixando ainda mais vigoroso o som da banda. A dobra de teclado e guitarra é de deixar todos impressionados, técnica impar desses caras.
Under Flaming Skies inicia com um tom meio árabe. Repare o baixo potente de Lauri nesta faixa, ele executa partes intricadas junto com a guitarra com uma facilidade tremenda. Outra faixa com refrão marcante e um ritmo muito legal para agitar. Sem dúvida uma música forte para os shows da banda.
Infernal Maze tem um inicio muito interessante, com Timo cantando à capela, mostrando todo seu potencial e habilidade, no entanto, devo dizer que achei meio esquisita a voz dele nesta passagem, depois quando entra o teclado, Timo fica mais a vontade e faz um trabalho espetacular. Após uma pausa, vem uma parte forte e orquestrada, com belíssimo coro, esta passagem dá a deixa para a parte mais energética da música, parte esta muito legal. Tudo que já foi dito serve para esta faixa, Timo solta a voz com tudo nesta faixa, muito legal! Um dos solos mais legais do CD, tanto de guitarra como de teclado, há um duelo entre os dois, tudo regado a muita técnica e velocidade
Fairness Justified inicia só com voz e teclado, bem suave e bonito. Esta música é mais suave que as outras do álbum, um tipo de balada deles, muito bonita e bem construída, com a guitarra seguindo a melodia da linha vocal, que está de emocionar qualquer um. Embora seja uma música mais suave, o peso da guitarra continua presente e dá um toque totalmente especial nesta canção. Grande solo de Matias, que demonstra que não é bom só por tocar milhares de notas em poucos segundos, aqui ele abre mão de diversas técnicas para engrandecer seu solo, muito bonito e melódico.
The Game Never Ends retoma o pique mais agitado e pesado do álbum, o baixo pulsante de Lauri, combinado com o riff energético de Matias deixa tudo muito interessante. Jens utiliza um timbre muito peculiar no teclado, lembrando coisas de bandas como Emerson, Lake & Palmer. Ótimo refrão e solos, talvez o solo mais técnico de Jens neste álbum, arrasador! Jörg, que está impecavel neste trabalho, tem nessa música sua melhor performance, monstrando que não é apagado pelo time de estrelas que fica a sua frente no palco.
Lifetime in a Moment inicia com algo próximo a um canto gregoriano, deixando a música bem atmosférica, isto perdura por mais de um minuto, quando entra a guitarra e os demais instrumentos. Outra faixa com bastante peso, porém mais cadenciada. O baixo de Lauri mais uma vez fica em evidencia, apenas com a voz, teclado e bateria, que é intercalado pela guitarra. Timo interpreta esta música com muita emoção e poder vocal, surpreendendo mais uma vez. Embora seja boa, senti que esta música, perto das demais, não possui o mesmo poder, e tem refrão fraco se comparado com as outras também. O solo de Matias é simplesmente fantástico!
Move the Mountain é belíssima, violão e voz juntos dão em algo realmente especial. A música tem um toque de progressivo, pois vai crescendo até o seu final. Destacar os músicos aqui já fica mais do mesmo, entretanto, acho que nunca é de mais dizer que Timo tem um poder de emocionar com sua voz que é algo de outro mundo! Jens utiliza em seu solo, um timbre similar ao de Emerson, Lake & Palmer mais uma vez, sendo uma homenagem ou não, seu solo ficou bem parecido com o de Lucky Man, da banda citada acima.
Event Horizon serve para levantar os ânimos após duas músicas mais leves; essa daqui é puro speed. Destaque para a dobra tema entre teclado, baixo e guitarra, mais uma vez impressionante. Ótima música para bangear e até abrir rodas (nem sei se isso acontece nos shows deles). Delicie-se com as diversas dobras e duelos entre guitarra e teclado, tudo com muita técnica e senso melódico, não soando simplesmente um monte de notas rápidas.
Elysium é a última faixa do cd, e também a mais longa, com seus mais de dezoito minutos de duração. Em linhas gerais está música é a reunião dos traços das outras músicas do álbum, ou seja, peso, ótimo refrão, ótimos solos de guitarra e teclado, baixo na cara e Timo cantando magistralmente. Embora seja longa, a banda tem planos de tocá-la ao vivo; em entrevista, Timo disse que ela foi separada em três partes, sendo que ao menos uma dessas partes será tocada ao vivo. Esta diversificada canção deve ser apreciada com paciência, afinal não é nada fácil ouvir uma música tão comprida, felizmente eles fizeram-na de tal forma que você nem se dá conta de sua longa duração. Realmente uma das melhores deste álbum!
Como é possível perceber, este play da banda realmente me cativou e tenho certeza que fará o mesmo com os fãs e novos fãs que a banda poderá ter com este novo álbum. Sem dúvidas, melhor que o Polaris. Outro destaque, que de certa forma já é característica da banda, é a arte da capa, muito bem feita, uma verdadeira obra de arte.

Track List:

Darkest Hours
Under Flaming Skies
Infernal Maze
Fairness Justified
The Game Never Ends
Lifetime in a Moment
Move the Mountain
Event Horizon
Elysium


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