quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Halford - Made Of Metal (2010)


O Metal God chega com mais um lançamento. Após o questionável Winter Song (2009), Halford lança seu quarto álbum: Made Of Metal, mostrando que ainda tem muita lenha para queimar. A banda hoje conta com Rob Halford, Roy Z(guitarra), “Metal” Mike (guitarra), Mike Davis (baixo) e Bobby Jarzombek (bateria).
O álbum começa com a excelente Undisputed, com peso e velocidade a música destaca aos ouvidos de primeira, Halford mostra uma voz um pouco mais contida nessa faixa, contudo, Halford esbanja sentimento em sua voz, como sempre. Ótimo trabalho nos riffs e solos, bem como o refrão muito cativante.
Não perdendo a velocidade vem Fire and Ice, que é até mesmo mais acelerada do que a anterior. Refrão muito legal se não fosse a voz dobrada que para mim,soou um pouco desnecessário.Ótimo solo, bem virtuose, algo que já se deve esperar dessa grande dupla de guitarrista já renomados.
Made of Metal começa com Halford cantando com um efeito na voz que já me fez desconfiar do que poderia vir felizmente a música toma um rumo muito legal, embora não seja um grande destaque. Os riffs poderiam ser um pouco mais trabalhados.
Speed of Sound vem com um ótimo riff inicial, acompanhado por Rob soltando bem mais a voz, lembrando bem mais os tempos de Judas Priest. Speed of Sound tem um quê de Painkiller (1990), especialmente da faixa Between The Hammer and The Anvil; ouça o refrão das duas, lembra bastante. Afora essa semelhança, a música é um grande destaque, com ótimos riffs, solos e refrão pra sair cantando.
A introdução de Like There's No Tomorrow me lembrou imediatamente a faixa Rock Hard Ride Free do álbum Defenders Of The Faith (1984), alias, fica quase impossível ouvir outro trabalho do Halford sem compará-los aos trabalhos com o Judas Priest. Like There's No Tomorrow segue de uma forma muito própria; Rob já ataca mais com os agudos nessa faixa, com um desempenho ótimo o Metal God mostra que sua voz permanece aquecida para o trabalho após tantos anos de uso. Ótimo final da música que vai aos poucos finalizando do jeito que começou.
Till the Day I Die foge um pouco do que estava sendo proposto até então. Num tom mais rock and roll e com a voz de Rob por momentos, irreconhecível. Digamos que seja um pouco estranho essa música, até nos agudos Rob mostra certa deficiência (apenas nessa faixa, que fique claro), e não há nada de especial no quesito guitarra, valendo mais pela letra.
Em um momento hard rock, We Own the Night da um tom mais alto astral, embora seja um tema já recorrente em muitas bandas, inclusive no Judas, a música anima com ótimos riffs e passagens que enriquecem muito a música. Rob mais uma vez canta com o coração, muito sentimento e propriedade. Destaque para o belíssimo solo e uma pegada certeira na bateria.
Heartless lembra bem os tempos de Judas, tanto pelos riffs como pela estrutura geral da música, exceto pelo refrão que alias é bem forte e transmite uma emoção sem igual, experimente colocar o volume no talo nessa parte. Hell Razor começa com uma levada de bateria (um solo para dizer a verdade) lembrando a intro de Stargazer do Rainbow, demonstrando mais uma vez a técnica de Bobby Jarzombek. Rob joga ainda mais agudos nessa faixa e o baixo de Mike Davis se faz muito presente, dando além de peso, um tom mai apurado de técnica para a música que conta ainda com solos dobrados de muito bom gosto.
Num clima mais pop chega a faixa Thunder and Lightning; com um toque mais simples na estrutura da música, é um ótimo descanso, entretanto não traz nada de novo ou ao menos interessante aos ouvidos.Destaque mais uma vez aos solos virtuosos da formidável dupla.Completando o clima mais relax do disco, vem a faixa Twenty-Five Years, com intro no piano e tudo que uma balada metal tem direito!Ótimo refrão, Rob exprime uma emoção incrível nessa faixa, aliado com uma dobra espetacular de guitarras. Uma das faixas que mais gostei!
Após relaxar com as últimas duas faixas pude ouvir uma música matadora, só podia ser “Matador”; bumbo pulsante junto com riffs energéticos, essa música te bota para banguear novamente. Coloque seu headfone e divirta-se com o bumbo dando um murro em seus tímpanos. Embora eu tenha pensado que o rumo da pancadaria estava assegurado com “Matador” vem I Know We Stand a Chance que leva um tom mais tradicional, meio que balada também.
Se você está afim de banguear e pular novamente já toque de faixa e vá direto para a EXCELENTE The Mower; é aqui que Rob ataca com tudo nos agudos, relembrando os tempos do Fight, fechando com gutural. Em termos de instrumental, riffs cavalgados, partes velozes intercalando com momentos de andamento moderado, solos absurdamente técnicos, bumbo e baixo pulsantes; resumindo: não só a melhor do álbum como também a que em minha opinião demonstra o que todos os músicos fazem de melhor.
Made Of Metal com certeza deixa para trás o último álbum de Halford, embora ainda não seja possível contar com um álbum cheio de músicas vorazes como os primeiros, já é possível perceber a preocupação de Halford em manter-se naquela linha já esperada pelos fans. Contudo não acredito que esse CD seja tão imperdível, com exceção para a faixa The Mower.

Track List:
01. Undisputed
02. Fire and Ice
03. Made Of Metal
04. Speed Of Sound
05. Like There¹s No Tomorrow
06. Till The Day I Day
07. We Own The Night
08. Heartless
09. Hell Razor
10. Thunder and Lightning
11. Twenty-Five Years
12. Matador
13. I Know We Stand A Chance
14. The Mower

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