quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Forbidden - Omega Wave (2010)



Após um hiato de treze anos, o Forbidden lança mais um álbum. Contando com Russ Anderson (vocal), Craig Locicero (guitarra), Matt Camacho (baixo) e os “novatos” Mark Hernandez (bateria) e Steve Smyth (guitarra, ex- Testament e Nevermore), o Forbidden despeja um álbum moderno com um pé nos anos 80, contando com boas atuações de cada um dos músicos.
O álbum abre com a instrumental Alpha Century. Muito bem estruturada e com um senso melódico a flor da pele, entretanto essa faixa acaba sendo um pouco longa para um instrumental desse tipo, o que já caracteriza uma das coisas presentes neste álbum: músicas longas sem necessidade.
Forsaken at the Gates abre com um solo extremamente virtuoso e vai para uma porrada total, é provavelmente a mais rápida do álbum e com certeza uma das melhores. Riffs cavalgados na medida, embora nada que salte os olhos, e ótimos solos são a máxima desta música, junto é claro com a maestria de Mark nas baquetas. A voz de Russ, embora muito versátil, não tem personalidade e por horas lembra Chuck Billy (Testament).
Overthrow já demonstra aspectos modernos, o riff inicial lembra bem bandas como Shadows Fall, bem como a mistura de vocais mais agressivos com partes limpas e guturais. Além disso, vale destacar mais uma vez os grandes solos e dobras. Nesta música fica clara a versatilidade de Russ, no entanto não é aquele tipo de voz que te deixa boquiaberto.
Adapt or Die é uma das mais legais do álbum, ótimo inicio, bem pesado e técnico. Sem dúvida o melhor riff do álbum, não chega a saltar os olhos, mas é o ponto máximo da música. Letra bem sacada, solos energéticos e cheios de técnica. Ótima música para circle pits e headbangs.
Swine em minha opinião tem apenas um erro: ser desnecessariamente longa. Muito tempo desperdiçado em passagens que poderiam ser menores, alias esse é um ponto que muitas bandas pecam atualmente, não há um resumo da idéia, o que torna as músicas um tanto enfadonhas. Tudo tem que estar na medida certa, não adianta “encher lingüiça” onde não é preciso, no entanto tem músicas que esperamos que não nunca acabem, o que infelizmente, não é o caso desta. Afora isto, a música em si leva um ritmo mais cadenciado, o que dá uma brecada no álbum, porém aos 3:34 min, a música toma um rumo mais acelerado, dando uma acordada.
Chatter é desnecessária; um monte de vozes que provavelmente estão noticiando alguma coisa, acompanhado por arpejos limpos de guitarra e um feedback de guitarra distorcida ao fundo. Embora ela complemente a música seguinte, achei uma besteira utilizar mais de dois minutos apenas para essa “introdução”. Se fosse você, pularia de faixa.
Dragging My Casket é a mais longa do álbum, e como dito anteriormente, sem necessidade alguma. Seu inicio é bem rápido e o destaque vai mais uma vez a dupla de guitarristas por seus solos virtuoses e ao baterista que se mostra como uma máquina mortífera de ritmos. O demasiado “ohoh ohohohohoh” é um tanto enfadonho, bem como o encaminhamento mais lento que a música segue para Russ cantar. Ao menos nesta faixa os riffs são dignos de alguma nota.
Hopenosis começa com uma ótima batida quase que tribal em conjunto com um riff pulsante de guitarra, desdobrando – se em uma ótima passagem com dobras de guitarra e bateria acelerada. Música bem diversificada, com boas passagens e riffs. Uma das mais legais do álbum.
Immortal Wounds inicia com um tom mais sombrio e cadenciado culminando em um ritmo certeiro para headbangs. Riffs cavalgados e bateria acelerada são o destaque aqui; temos também Russ cantando com uma voz lembrando o Ozzy em sua carreira solo, mostrando mais uma vez a versatilidade do cara. No mais, a música tem diversos atrativos, porém nenhum deles me atraiu.
Behind the Mask tem uma letra bem interessante e uma pegada bem moderna, tanto nos riffs como na leva de bateria, lembrando vagarosamente bandas como Shadows Fall. Neste ponto da resenha já é chover no molhado destacar tanto a dupla de guitarristas como Mark, no entanto, nunca é demais. A música possui diversas partes, o que pode confundir um pouco o ouvinte; é mais um exemplo de que este álbum precisa ser “degustado” aos poucos.
Inhuman Race cai naquele mesmo ponto: desnecessariamente longa, o que torna enfadonha sua audição. Sua introdução é bem trabalhada e converge diferentes momentos. A base que segue a voz tem ritmo cadenciado, ajudando no processo de deixar a música enfadonha. Certamente não está entre as melhores do CD, embora tenha uma letra bem sacada e com tema bem interessante.
Omega Wave finaliza esse trabalho tão esperado pelos fãs. Como de praxe, outra música de introdução bem trabalhada e cadenciada que culmina numa “porrada” sonora. Com certeza essa faixa fará muitos bangers felizes, já é possível visualizar moshes e circles pits com essa faixa.
Embora não tenha sido um dos álbuns mais legais deste ano, certamente tem sua importância por colocar o Forbidden no mapa de novo após treze anos. Devo dizer que esperava algo mais conciso e visceral, não tão longo e complexo, no entanto há boas passagens em todas as músicas. Um álbum para se curtir aos poucos, se não pode virar um inferno de se ouvir.

Tracklist:
1. Alpha Century
2. Forsaken At The Gates
3. Overthrow
4. Adapt Or Die
5. Swine
6. Chatter
7. Dragging My Casket
8. Hopenosis
9. Immortal Wounds
10. Behind The Mask
11. Inhuman Race
12. Omega Wave



Gostaria de desejar a todos um feliz ano novo e agradecer pelo apoio e as visualizações deste blog.

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