quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Sodom - In War And Pieces(2010)



Os alemães lançaram neste final de ano seu mais novo álbum “In War And Pieces”, o décimo terceiro da carreira do grupo e o último com o baterista Konrad "Bobby" Schottkowski, que estava na banda desde 1997. Atualmente o Sodom conta com o veterano Tom Angelripper(baixo, vocal), Bernemann(guitarra) e o novo Markus Freiwald nas baquetas. Com este álbum o som do Sodom se mostra muito mais trabalhado e técnico, com sonoridade totalmente inclinada no Thrash Metal, deixando aquele Death Metal de outrora (que já era na verdade visto nos últimos lançamentos da banda).
In War and Pieces inicia com a faixa título. Introdução de violão, não comum ao estilo ríspido da banda, levando o ouvinte a se indagar se é o álbum certo. Após esse momento, a música entra com tudo, ótimos riffs e Tom cantando num timbre semelhante ao de Marcelo Pompeu (Korzus), bem agressivo. Ótimo refrão também, para cantar junto. Enfim, o estilo que o Sodom vem adotando é explicito nesta faixa, uma das melhores do álbum.
Hellfire é na minha opinião a grande faixa do álbum, bem old school, com riffs que lembram clássicos como Baptism Of Fire. Prepare-se para bangear e cantar a plenos pulmões “Helfire!”. Ótimo solo de Bernemann, simples, porém com poder suficiente para suprir a função.
Through Toxic Veins tem um bonito inicio que logo desaba num verdadeiro massacre sonoro dos alemães. Tá certo que a música não é tão rápida, mas com certeza dá um grande contraste com seu inicio. Tom nessa altura já usa de sua voz mais tradicional e é possível notar que a gritaria já prejudica um tanto sua voz, nada que comprometa no álbum, além do mais é algo que todos os vocalistas de metal tem que lidar. Outra grande faixa do álbum, excelente refrão, simples e eficaz como sempre!
Nothing Counts More Than Blood é um tanto parecido com a última faixa, pelo menos seu riff inicial e estrutura geral, visto que esta é mais acelerada. No mais, a música possue boas partes e com certeza irá abrir diversas rodas nos shows. Ela não apresenta nada de diferente para os padrões da banda, a não ser um pouco mais de melodia em algumas partes, ainda sim é uma ótima música.
Storm Raging Up possue ótimo inicio, bem trabalhado e com ótimos riffs para fazer os cabelos voarem. É interessante como nessa faixa a voz de Tom desprende muita raiva e faz você gritar a música junto com ele. Lá para a metade vem um solo excelente de Bernemann, cheio de melodia e velocidade e o riff que o segue é com certeza um dos mais legais do álbum. Excelente trabalho de guitarra.
Feigned Death Throes já começa na pura pancadaria mas quase que do nada, toma um rumo mais lento e arrastado, a voz de Tom não parece estar de acordo com o propósito da música, que em minha opinião é um dos pontos fracos do álbum, embora sirva para dar uma aliviada depois de tanto headbang e saltos com as outras músicas. Destaque vem para o riff quase no final da música que tem um certo groove a lá Pantera.
Soul Contraband tem um jeito mais despojado e lembra bem a banda nos tempos antigos; Tom lança de guturais e gritos sombrios, além de riffs cavalgados e momentos de bateria bem acelerada parecendo blast beats. Muito boa música com letra bem sacada, mantendo em alto nível o álbum.
God Bless You inicia com lindos arpejos de violão, estranho dizer isso num álbum do Sodom não?Enfim, o inicio da música é muito bem trabalhado, melodioso e com violão juntamente com guitarras distorcidas, lembrando por exemplo o Metallica antigo, só que paramos por ai. Após todo aquele inicio melodioso o que é possivel conferir é uma música muito bem montada com Tom cantando muito bem, acompanhado de um ótimo arranjo de riffs da guitarra. Só achei o refrão meio esquisito. Vale a pena conferir, apreciar o ótimo solo da música e tirar suas conclusões.
The Art of Killing Poetry é na minha opinião o segundo ponto fraco do disco, letra um tanto estranha com um refrão mais ainda. A música começa com um tom acelerado mas depois da uma caida no andamento que certamente não é o que se espera num trabalho do Sodom, tá certo que partes com violões também não, mas essa música simplesmente não me agradou.
Knarrenheinz é bem inusitada, bem rápida e super old school, bem no clima Sodom mesmo. O Grande detalhe aqui é que a música é inteiramente em alemão e certamente é um chamativo para muitos. No mais, a música é ótima e está muito bem posicionada no álbum, serve para altos headbangs, só não acho que a banda pode esperar que os fãs (os que não são alemães é claro) cantem essa música, pelo menos o refrão dá pra cantar!
Styptic Parasite é a ultima e mais longa do álbum. Com andamento moderado e bons riffs, além de uma letra bem legal de cantar, essa música encerra muito bem o álbum, não é nenhum destaque, mas não é de se jogar fora. Mais uma vez Tom utiliza bem sua voz e as melodias de Bernemann vem bem a calhar na música, bem como seu ótimo solo.
In War And Pieces é um CD para mostrar que esses alemães tem muita lenha para queimar e mesmo com uma certa mudança de som, eles tentam ir na nova tendência como muitas bandas, sem perder sua autenticidade e brutalidade. Certamente mais um grande lançamento do Thrash Metal neste ano e merece estar na coleção de apreciadores do estilo e da banda.

Tracklist:
01. In War And Pieces
02. Hellfire
03. Through Toxic Veins
04. Nothing Counts More Than Blood
05. Storm Raging Up
06. Feigned Death Throes
07. Soul Contraband
08. God Bless You
09.
The Art Of Killing Poetry




Vale lembrar que este álbum tem uma versão limitada que contém um CD bônus com o show do Wacken 2007 com o seguinte tracklist, que é mais uma razão para correr e comprar este álbum.
  1. Blood On Your Lips
  2. City Of God
  3. Proselytism Real
  4. Christ Passion
  5. One Step Over The Line
  6. Abuse
  7. Sodomy And Lust
  8. Ausgebombt
  9. The Saw Is The Law
  10. Outbreak Of Evil

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